Divulgação / Textual
José Aldo, Anderson Silva (acima) e Júnior Cigano são campeões que popularizam o UFC no País.
Mas o deputado federal José Mentor (PT-SP) quer nocautear, com um contragolpe pesado, não só esses novos campeões, mas também o próprio esporte no Brasil.
Mentor apresentou um projeto de lei na Câmara dos Deputados solicitando a proibição da transmissão de qualquer luta de Artes Marciais Mistas (ou Mixed Martial Arts, na sigla em inglês MMA) em canais de televisão abertos ou fechados.
O UFC é atualmente a maior organização de MMA do mundo.
A proibição envolveria ainda qualquer luta não olímpica “considerada violenta”, menos a capoeira, exceção feita por ela ser também uma manifestação cultural.
O deputado sugere multa de R$ 150 mil, com possibilidade de perda da concessão pública do canal, para a emissora que desrespeitar a proibição.
O projeto de Mentor ainda está longe de ser uma lei.
Para que isso aconteça, a proposta precisará ser aprovada na Câmara, no Senado e, depois, receber a sanção (assinatura) da presidente da República.
A presidente poderá vetar o projeto mesmo com a aprovação anterior de deputados e senadores.
Mentor acredita que o veto às transmissões poderá “coibir a banalização da violência na televisão”.
Nossos canais, acredita ele, “chegam ao cúmulo de transmitir lutas violentas em horários comuns às crianças e adolescentes”.
O deputado faz uma comparação curiosa:
- A rinha de galo é proibida no Brasil. Por que então permitimos a rinha humana, na forma de gladiadores do século XXI?
A ideia de Mentor divide opiniões.
Houve elogios, mas também muitas críticas.
Os que não concordam com o projeto consideram que a censura classificatória, aquela feita pela idade em função do horário, basta para resolver muito bem o problema – como, aliás, ocorre em relação a outros temas teoricamente vetados aos menores.
O resto seria decidido por cada pai e mãe de acordo com sua legítima autoridade.
Os contrários à proposta argumentam que, numa sociedade livre e democrática, regida pelo estado de direito, nem o deputado Mentor nem o Estado brasileiro possui o direito de decidir, pelo cidadão, aquilo que ele ou seu filho verá na tevê ou consumirá em qualquer órgão de comunicação.
Bastaria definir as faixas de horários de proibição de exibição, empurrar as lutas para outros períodos e deixar que cada cidadão ou casal decida o melhor para ele ou o grupo de menores pelos quais é responsável.
Fora disso, argumentam, qualquer proibição seria uma versão adaptada de um negócio conhecido há muito tempo por censura.
Para não influenciar os amados amigos, quero saber a opinião de vocês antes de dar a minha.
Independentemente de achar o MMA positivo ou negativo, vocês acham que proibir a transmissão é o melhor remédio?
Ou consideram a proibição um tipo de censura?
Acham o Estado possui o direito de decidir por você o que você ou seu filho podem ou não podem assistir na tevê?
Ou acha que são seus o direito e também o dever de tomar essas decisões de acordo com a sua avaliação?
http://noticias.r7.com/blogs/eduardo-marini/2012/02/13/deputado-apresenta-projeto-de-lei-para-proibir-transmissao-de-lutas-de-mma-em-canais-abertos-ou-fechados-de-teve-voce-concorda-opine/
http://noticias.r7.com/blogs/eduardo-marini/2012/02/13/deputado-apresenta-projeto-de-lei-para-proibir-transmissao-de-lutas-de-mma-em-canais-abertos-ou-fechados-de-teve-voce-concorda-opine/
Nenhum comentário:
Postar um comentário